quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Hoje, há só o vazio
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Quebrar a dor
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Não estar bem
Hoje, também não me sinto muito bem. Desta vez não é falta de força ou algo parecido, desta vez, é aquele sentimento que nos faz desejar encolher até desaparecer. À minha volta está tudo nostálgico e com medo do que vai mudar a partir de segunda-feira. Eu começo a deixar-me levar pelas mesmas sensações. Custa-me idealizar o futuro, sem eles sentados na cadeira ao lado, afinal estão lá desde o infantário, já lá vão 15 anos, fazem parte de mim. Às vezes, lembro-me de ti e da facilidade com aceitavas o fim das coisas, costumo chamar-te calhau e dizer que irás ser péssimo médico, mas hoje apetece-me ser como tu, não sentir, não sofrer, não chorar…
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Dizer adeus...
Acho que tiveste a tua cota parte de culpa nisso. Gosto de ti desde o primeiro dia que te vi. Lembro-me que trazias uma t-shirt laranja e estavas a explicar o funcionamento do cérebro. A simplicidade e clareza das tuas palavras, cativaram-me e quando dei conta já não conseguia tirar os olhos de ti. Depois dessa tarde desejei que fosses meu amigo, senti que havia qualquer coisa no teu olhar e no teu sorriso que faziam de ti alguém especial. A verdade, é que após algumas trocas de palavras sem qualquer importância, começamos a ficar mais próximos. E pela altura dos exames nacionais, já conversávamos muitas vezes e apoiaste-me muito sem teres consciência disso. Aguentaste-me naquela altura em que eu queria 1001 cursos e nenhum ao mesmo tempo, enquanto eu te tentava fazer-te continuar acreditar nos sonhos. E quando acabaram os exames despedi-me de ti, em silêncio, ainda não tinha coragem para te dizer que eras importante para mim e que o facto de não te puder voltar a ver me incomodava. Mas, quando dei conta, estavas outra vez sentado ao meu lado e eu ria-me por dentro. Só que agora eu já fiz o código e as minhas manhãs já não pertencem aquela sala. Por isso, hoje, quando me vieste dar os parabéns e me seguraste na mão, no momento em que te olhei nos olhos estava a dizer-te adeus. Percebes-te, não percebeste?
domingo, 7 de setembro de 2008
Reencontros
"Saudade
Praticamente desde o primeiro dia estava consciente que mais dia, menos dia tu ias partir. Hoje, quando percebi que já não estavas, senti um vazio gigantesco. Revivi cada pormenor, por mais insignificante, formando um filme mental. Recordei os sorrisos, os olhares envergonhados, as frases rápidas, algumas inacabadas...Tentei convencer-me que tinha sido melhor assim. Quis acreditar que era preferível não arriscar o desgosto e recordar-te sempre pelo sorriso simpático. À medida que as horas passam e a impossibilidade de te tocar aumenta, vejo as coisas com outros os olhos. Começo a pensar que mais valia ter arriscado. Que talvez fosse preferível arriscar a dor de uma rejeição, do que viver os próximos dias a pensar como podia ter sido se me tivesse aventurado mais um pouco. "
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Dias
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Amizade
Obrigado por tudo princesas :)
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
1º de Setembro
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Estar só
Estou triste e sinto-me só. A casa é grande e está demasiadas vezes vazias. Nunca há ninguém para se sentar comigo à mesa ao almoço e desejar bom apetite, ou para me fazer companhia durante a tarde. Fico à espera que ligues e me digas o que vamos fazer durante a tarde, mas tu já não ligas. Agora tens outras coisas para fazer e não consegues tempo para os nossos cafés, temperados com longas conversas sobre tudo e nada. Então, fico mais uma tarde sozinha, enrolada na velha manta. Abro o livro de código, fecho o livro de código. Ligo o programa de testes, desligo o programa de testes. Acendo a televisão, apago a televisão. Ponho um CD a tocar, tiro o CD. E como, como, como, como por demais… Quando finalmente chega a noite, voltas para casa, esfomeada e cansada, tão cansada que adormeces sem me perguntar como correu o meu dia ou o que vou fazer no dia seguinte. Sem dar por isso volto a ficar sozinha e o ritual recomeça. Vou buscar a manta e abro o livro de código, fecho o livro de código. Ligo o programa de testes, desligo o programa de testes. Acendo a televisão, apago a televisão. Ponho um CD a tocar, tiro o CD. E como, como, como, como por demais… Até que começo a pedir aos olhos que se fechem e me deixem dormir durante muito tempo. Eles, teimosos, não cedem, enquanto isso eu continuo acordada a sentir o amargo sabor de estar só. Volto a chamar o sono e os sonhos, desta vez com o olhar menos desperto consigo adormecer. Boa noite para mim.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Ser egoísta
Desta vez és tu! Partes atrás de um sonho, mas então e eu? Entras de mansinho, trazes as tuas malas e instalas-te confortavelmente no meu coração e depois? Depois sais assim, dizendo apenas que na próxima semana vais a Barcelona procurar casa e matricular-te, que voltas, mas que na semana seguinte regressas e desta vez não sabes quando voltas. Por essa altura os meus olhos enchem-se de lágrimas, apesar disso, com a tranquilidade de sempre festejei contigo, mas lá no fundo, desejei que não fosses, que ficasses aqui comigo para continuarmos a partilhar os risos e as lágrimas, as conquistas e as derrotas, os sonhos, os projectos, as paixões, os medos… Pensei que aos poucos a amizade fosse falar mais alto, o egoísmo sossegasse e eu parasse de desejar em silêncio que ficasses. Só que a verdade, é que ainda não me consigo imaginar sem a minha amiga e confidente e desculpa-me por isso…
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Jogar às escondidas
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Pai
Sinto saudade. O ritual de manhã já não é o mesmo. Agora quando passo no teu quarto, já não estás lá. A cama está vazia, procuro o teu rosto para te dar um beijo de "Bom dia!", mas em vão. Voltei-me a esquecer que já não estás cá. Procuro o teu pólo velhinho, sinto-lhe o cheiro, depois aperto-o contra o meu peito com muita força, desejando que tenhas um bom dia. Depois vou-me embora com a memória do teu cheiro e o calor dos teus abraços no pensamento. E nesses dias, tenho sempre dias menos sós. Ao almoço procuro o teu número para te contar como está a correr o meu dia - "O número que marcou de momento não está disponível, por favor tente mais tarde." - Bolas! Voltei-me a esquecer que aquele já não é o teu número. Almoço com a saudade a provocar-me um nó na garganta e no coração. Às vezes fico mesmo convencida que as saudades fazem mesmo doer o coração e que isso não é só mais uma metáfora tonta que as pessoas utilizam. À tarde quando volto para casa, chamo por ti para vires lanchar como sempre fiz, mas tu não vens... E quando chega a noite e o jantar, continuo a por o teu lugar na mesa e a tagarelar como antes na esperança que tu me ouças. Sabes, à noite quando estou a ver televisão ou no computador, chego a sentir saudades de te ouvir resmungar por eu me rir tão alto... Antes de me deitar volto a ir buscar o teu pólo e adormeço abraçada a ele, sempre à espera da noite em que tu voltas para me aconchegar.
Sinto saudades tuas...