segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Quebrar a dor
Às vezes gostava de conseguir dizer que afinal não está tudo bem. Inspirar e dizer “Eu tenho um problema, por favor cala a minha dor.” Mas a minha coragem vem e vai e quando alguém chega já partiu. Eu gosto de me rir, mas de me rir de verdade, entendem? Conhecem aquele riso que nos faz esquecer tudo o resto e ser livre? É assim que eu gosto de estar, é assim que eu gosto de ser. A verdade é que na grande maioria das horas eu não sou assim, em dias melhores sou uma aproximação desse alguém. A cada hora que passa eu rio menos e penso mais uma vez: “Eu não quero ser assim” e depois zango-me com todo e qualquer um que tente quebrar a minha dor, quando no fundo passo os dias a desejar que alguém a quebre :s
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Não estar bem
Ontem senti-me mal, por momentos não consegui ver nada e senti que não tinha força para continuar em pé. Estava com umas amigas numa fila de um serviço público, disfarcei, dizendo que precisava de apanhar ar e fui-me sentar num banco ali perto. Fechei os olhos, respirei fundo e quando elas voltaram já estava melhor. Sinceramente, não sei bem porque aconteceu, a minha alimentação tem sido desastrosa, são exageros atrás de exageros, nem sei como o ponteiro se tem aguentado firme no mesmo sítio.
Hoje, também não me sinto muito bem. Desta vez não é falta de força ou algo parecido, desta vez, é aquele sentimento que nos faz desejar encolher até desaparecer. À minha volta está tudo nostálgico e com medo do que vai mudar a partir de segunda-feira. Eu começo a deixar-me levar pelas mesmas sensações. Custa-me idealizar o futuro, sem eles sentados na cadeira ao lado, afinal estão lá desde o infantário, já lá vão 15 anos, fazem parte de mim. Às vezes, lembro-me de ti e da facilidade com aceitavas o fim das coisas, costumo chamar-te calhau e dizer que irás ser péssimo médico, mas hoje apetece-me ser como tu, não sentir, não sofrer, não chorar…
Hoje, também não me sinto muito bem. Desta vez não é falta de força ou algo parecido, desta vez, é aquele sentimento que nos faz desejar encolher até desaparecer. À minha volta está tudo nostálgico e com medo do que vai mudar a partir de segunda-feira. Eu começo a deixar-me levar pelas mesmas sensações. Custa-me idealizar o futuro, sem eles sentados na cadeira ao lado, afinal estão lá desde o infantário, já lá vão 15 anos, fazem parte de mim. Às vezes, lembro-me de ti e da facilidade com aceitavas o fim das coisas, costumo chamar-te calhau e dizer que irás ser péssimo médico, mas hoje apetece-me ser como tu, não sentir, não sofrer, não chorar…
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Dizer adeus...
Hoje, quando vi aprovado em frente ao meu nome, pulei de alegria, sorri e corri abraçar toda gente que estava à minha volta. Por momentos, senti-me feliz, bastante feliz. Embalada em tanta felicidade, acreditei, que a partir daquele momento a minha vida ia sofrer uma grande reviravolta e eu, de repente, como que por magia, ia finalmente ser feliz. Ingenuidade minha, ao fim de algumas horas a euforia deu lugar ao vazio de todos os dias. Comecei a ficar distante, pouco sorridente e aos poucos voltei a sentir o desencanto de outrora.
Acho que tiveste a tua cota parte de culpa nisso. Gosto de ti desde o primeiro dia que te vi. Lembro-me que trazias uma t-shirt laranja e estavas a explicar o funcionamento do cérebro. A simplicidade e clareza das tuas palavras, cativaram-me e quando dei conta já não conseguia tirar os olhos de ti. Depois dessa tarde desejei que fosses meu amigo, senti que havia qualquer coisa no teu olhar e no teu sorriso que faziam de ti alguém especial. A verdade, é que após algumas trocas de palavras sem qualquer importância, começamos a ficar mais próximos. E pela altura dos exames nacionais, já conversávamos muitas vezes e apoiaste-me muito sem teres consciência disso. Aguentaste-me naquela altura em que eu queria 1001 cursos e nenhum ao mesmo tempo, enquanto eu te tentava fazer-te continuar acreditar nos sonhos. E quando acabaram os exames despedi-me de ti, em silêncio, ainda não tinha coragem para te dizer que eras importante para mim e que o facto de não te puder voltar a ver me incomodava. Mas, quando dei conta, estavas outra vez sentado ao meu lado e eu ria-me por dentro. Só que agora eu já fiz o código e as minhas manhãs já não pertencem aquela sala. Por isso, hoje, quando me vieste dar os parabéns e me seguraste na mão, no momento em que te olhei nos olhos estava a dizer-te adeus. Percebes-te, não percebeste?
Acho que tiveste a tua cota parte de culpa nisso. Gosto de ti desde o primeiro dia que te vi. Lembro-me que trazias uma t-shirt laranja e estavas a explicar o funcionamento do cérebro. A simplicidade e clareza das tuas palavras, cativaram-me e quando dei conta já não conseguia tirar os olhos de ti. Depois dessa tarde desejei que fosses meu amigo, senti que havia qualquer coisa no teu olhar e no teu sorriso que faziam de ti alguém especial. A verdade, é que após algumas trocas de palavras sem qualquer importância, começamos a ficar mais próximos. E pela altura dos exames nacionais, já conversávamos muitas vezes e apoiaste-me muito sem teres consciência disso. Aguentaste-me naquela altura em que eu queria 1001 cursos e nenhum ao mesmo tempo, enquanto eu te tentava fazer-te continuar acreditar nos sonhos. E quando acabaram os exames despedi-me de ti, em silêncio, ainda não tinha coragem para te dizer que eras importante para mim e que o facto de não te puder voltar a ver me incomodava. Mas, quando dei conta, estavas outra vez sentado ao meu lado e eu ria-me por dentro. Só que agora eu já fiz o código e as minhas manhãs já não pertencem aquela sala. Por isso, hoje, quando me vieste dar os parabéns e me seguraste na mão, no momento em que te olhei nos olhos estava a dizer-te adeus. Percebes-te, não percebeste?
domingo, 7 de setembro de 2008
Reencontros
"Saudade
Praticamente desde o primeiro dia estava consciente que mais dia, menos dia tu ias partir. Hoje, quando percebi que já não estavas, senti um vazio gigantesco. Revivi cada pormenor, por mais insignificante, formando um filme mental. Recordei os sorrisos, os olhares envergonhados, as frases rápidas, algumas inacabadas...Tentei convencer-me que tinha sido melhor assim. Quis acreditar que era preferível não arriscar o desgosto e recordar-te sempre pelo sorriso simpático. À medida que as horas passam e a impossibilidade de te tocar aumenta, vejo as coisas com outros os olhos. Começo a pensar que mais valia ter arriscado. Que talvez fosse preferível arriscar a dor de uma rejeição, do que viver os próximos dias a pensar como podia ter sido se me tivesse aventurado mais um pouco. "
Domingo, 9 de Setembro de 2007
I Find you xD
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Dias
Segunda-feira faço exame de código. À medida que esse dia se aproxima de mim, eu sinto-me a ficar nervosa. De repente, parece mais difícil respirar, enquanto os suspiros se multiplicam. Fiquei presa em pensamentos negativos, a toda a hora uma consciência maléfica sussurra-me ao ouvido que não estou suficientemente preparada, ou, que por muito que faça vou chumbar. Então, volto ao silêncio, ao olhar distante e a mergulhar na tristeza. Mas o dia 8 não é o único que me está a preocupar. O dia 14 vem aí e a ideia de não entrar no curso que desejo e que pelo menos, por agora me parece o melhor para mim, assusta-me. Não sei como posso reagir se vir o meu esforço a desfazer-se com o meu sonho. Tenho receio de me voltar a entregar à melancolia e perder outra vez um bocadinho de alegria. Por tudo isto, adivinham-se dias difíceis na luta contra a obesidade e pelo corpo perfeito. Oxalá, o Sol volte a brilhar para mim…
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Amizade
Queria tanto escrever, mas as palavras fogem-me. Foi uma noite tão especial esta…
Hoje voltei a sentir-me derrotada, quando cheguei a casa para almoçar rejeitei a sopa e entreguei-me a um resto de bolo que fiz ontem. Aquele resto de bolo fez-me comer uma série de outras coisas que me estavam a tentar. “Perdido por cem, perdido por mil”, pensei eu. À tarde já não tive vontade de fazer mais nada e sinceramente a ideia de ir jantar com vocês também não me deixava muito confortável. Nunca fomos de partilhar grandes confidências, para além disso já não nos víamos à bastante tempo e eu começava a recear que o jantar fosse feito ao som de conversas banais e temperado com alguns silêncios incomodativos. Sem falar naquela carta apetecível, que só de olhar para ela sinto uma compulsão a quer nascer dentro de mim. A verdade é que as coisas foram tão diferentes daquilo que eu esperava. Quando dei por mim, todas tínhamos partilhado um pedacinho de nós e exorcizado algum fantasma. Fiquei tão feliz por ver que confiavam em mim para desabafar coisas tão vossas e que eu também podia falar de coisas que tinha condenado a ficarem no papel. No entanto foi uma felicidade triste. Tenho pena que só tenhamos chegado a este ponto agora e que esta possa ter sido a primeira e última noite em que isso aconteceu.
Quando transpus aqueles portões pela última vez, prometi a mim mesma que não vos ia perder, a vocês e mais alguns, pareciam me demasiado especiais para vos deixar passar tão depressa por mim. Mas a faculdade vai mudar tanto as nossas vidas que tenho medo de vos perder o rasto. De qualquer maneira todas as nossas conversas vão ficar guardadas num cantinho muito especial do meu coração e vocês serão as recordações do meu 12º ano.
Obrigado por tudo princesas :)
Obrigado por tudo princesas :)
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
1º de Setembro
De repente ficou tudo melhor e eu nem sei porquê. Voltei a sair com os meus amigos e já não preciso de fazer um esforço para ser a menina brincalhona, faladora e sorridente a que eles se acostumaram. Agora, as brincadeiras nascem naturalmente, as conversas surgem a propósito de qualquer coisa, bem como os sorrisos. Sinto-me bem com eles, apesar de aquela vozinha não se cansar de me dizer que menos um quilo aqui, outro acolá, faziam toda a diferença. Ultimamente tem sido tão difícil controlar aquilo que como, parece que todo o controlo que tinha sobre mim se desvaneceu. Eu ia me sentir tão mais confiante se conseguisse entrar na Faculdade com menos um ou dois quilos… Mas, apesar das batalhas perdidas dia após dia, ainda não perdi a confiança e acredito sempre que no dia seguinte vai correr melhor, bem melhor.
E amanhã vai correr melhor, bem melhor…
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