Estou triste e sinto-me só. A casa é grande e está demasiadas vezes vazias. Nunca há ninguém para se sentar comigo à mesa ao almoço e desejar bom apetite, ou para me fazer companhia durante a tarde. Fico à espera que ligues e me digas o que vamos fazer durante a tarde, mas tu já não ligas. Agora tens outras coisas para fazer e não consegues tempo para os nossos cafés, temperados com longas conversas sobre tudo e nada. Então, fico mais uma tarde sozinha, enrolada na velha manta. Abro o livro de código, fecho o livro de código. Ligo o programa de testes, desligo o programa de testes. Acendo a televisão, apago a televisão. Ponho um CD a tocar, tiro o CD. E como, como, como, como por demais… Quando finalmente chega a noite, voltas para casa, esfomeada e cansada, tão cansada que adormeces sem me perguntar como correu o meu dia ou o que vou fazer no dia seguinte. Sem dar por isso volto a ficar sozinha e o ritual recomeça. Vou buscar a manta e abro o livro de código, fecho o livro de código. Ligo o programa de testes, desligo o programa de testes. Acendo a televisão, apago a televisão. Ponho um CD a tocar, tiro o CD. E como, como, como, como por demais… Até que começo a pedir aos olhos que se fechem e me deixem dormir durante muito tempo. Eles, teimosos, não cedem, enquanto isso eu continuo acordada a sentir o amargo sabor de estar só. Volto a chamar o sono e os sonhos, desta vez com o olhar menos desperto consigo adormecer. Boa noite para mim.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Estar só
Estou triste e sinto-me só. A casa é grande e está demasiadas vezes vazias. Nunca há ninguém para se sentar comigo à mesa ao almoço e desejar bom apetite, ou para me fazer companhia durante a tarde. Fico à espera que ligues e me digas o que vamos fazer durante a tarde, mas tu já não ligas. Agora tens outras coisas para fazer e não consegues tempo para os nossos cafés, temperados com longas conversas sobre tudo e nada. Então, fico mais uma tarde sozinha, enrolada na velha manta. Abro o livro de código, fecho o livro de código. Ligo o programa de testes, desligo o programa de testes. Acendo a televisão, apago a televisão. Ponho um CD a tocar, tiro o CD. E como, como, como, como por demais… Quando finalmente chega a noite, voltas para casa, esfomeada e cansada, tão cansada que adormeces sem me perguntar como correu o meu dia ou o que vou fazer no dia seguinte. Sem dar por isso volto a ficar sozinha e o ritual recomeça. Vou buscar a manta e abro o livro de código, fecho o livro de código. Ligo o programa de testes, desligo o programa de testes. Acendo a televisão, apago a televisão. Ponho um CD a tocar, tiro o CD. E como, como, como, como por demais… Até que começo a pedir aos olhos que se fechem e me deixem dormir durante muito tempo. Eles, teimosos, não cedem, enquanto isso eu continuo acordada a sentir o amargo sabor de estar só. Volto a chamar o sono e os sonhos, desta vez com o olhar menos desperto consigo adormecer. Boa noite para mim.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Ser egoísta
Maldito relógio, que não dás tréguas! O teu tic-tac infernal não para e arrasta com ele todos os momentos bons, todas as pessoas inesquecíveis.
Desta vez és tu! Partes atrás de um sonho, mas então e eu? Entras de mansinho, trazes as tuas malas e instalas-te confortavelmente no meu coração e depois? Depois sais assim, dizendo apenas que na próxima semana vais a Barcelona procurar casa e matricular-te, que voltas, mas que na semana seguinte regressas e desta vez não sabes quando voltas. Por essa altura os meus olhos enchem-se de lágrimas, apesar disso, com a tranquilidade de sempre festejei contigo, mas lá no fundo, desejei que não fosses, que ficasses aqui comigo para continuarmos a partilhar os risos e as lágrimas, as conquistas e as derrotas, os sonhos, os projectos, as paixões, os medos… Pensei que aos poucos a amizade fosse falar mais alto, o egoísmo sossegasse e eu parasse de desejar em silêncio que ficasses. Só que a verdade, é que ainda não me consigo imaginar sem a minha amiga e confidente e desculpa-me por isso…
Desta vez és tu! Partes atrás de um sonho, mas então e eu? Entras de mansinho, trazes as tuas malas e instalas-te confortavelmente no meu coração e depois? Depois sais assim, dizendo apenas que na próxima semana vais a Barcelona procurar casa e matricular-te, que voltas, mas que na semana seguinte regressas e desta vez não sabes quando voltas. Por essa altura os meus olhos enchem-se de lágrimas, apesar disso, com a tranquilidade de sempre festejei contigo, mas lá no fundo, desejei que não fosses, que ficasses aqui comigo para continuarmos a partilhar os risos e as lágrimas, as conquistas e as derrotas, os sonhos, os projectos, as paixões, os medos… Pensei que aos poucos a amizade fosse falar mais alto, o egoísmo sossegasse e eu parasse de desejar em silêncio que ficasses. Só que a verdade, é que ainda não me consigo imaginar sem a minha amiga e confidente e desculpa-me por isso…
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Jogar às escondidas
Ultimamente o contacto com as pessoas assusta-me, só saio de casa para ir às aulas de código ou de condução e quando chego a casa sinto-me tão cansada de sorrir e conversar com toda gente. Depois deito-me e deixo-me dormir durante grande parte da tarde. O telemóvel está muitas vezes desligado, ou isso, ou em silêncio. A minha mãe tem ordem para dizer a todas as minhas amigas que não estou, que ainda não cheguei ou o que lhe ocorrer, sinto-me demasiado cansada para conversar. O modo no MSN é sempre o mesmo: “Aparecer como offline”! Na rua escolho os caminhos mais solitários para evitar encontrar alguém conhecido e ter de ficar ali a conversar, sobre tudo e nada, este e aquele… Sinceramente, ainda não consegui perceber porque reajo assim, mas parece-me tudo muito cansativo e desgastante por de mais. Só o silêncio e o escuro me parecem suportáveis e por isso me escondo…
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